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Geração sanduíche

Quem são os “ensanduichados”?

A chamada geração sanduíche é composta, em sua maioria, por mulheres entre 30 e 50 anos que acumulam a responsabilidade de cuidar de filhos pequenos ou adolescentes, ao mesmo tempo em que zelam por pais idosos. Espremidas entre essas duas gerações — crianças ou jovens menores de 16 anos de um lado e idosos do outro —, essas mulheres enfrentam desafios que afetam profundamente sua saúde física e mental.

De acordo com um estudo da University College London (UCL), essa dupla carga de cuidados acelera o declínio do bem-estar físico e emocional ao longo do tempo. Publicada na revista científica Public Health, a pesquisa analisou dados de 4 mil cuidadores (metade pertencente à geração sanduíche) entre 2009 e 2020.

O peso do envelhecimento e da maternidade tardia

Atualmente, cerca de 1,3 milhão de pessoas fazem parte dessa geração no Reino Unido, número que tende a crescer devido ao envelhecimento da população e à decisão de muitas mulheres de adiar a maternidade. Para entender melhor o impacto desse cenário, os pesquisadores acompanharam os cuidadores em diferentes fases — antes, durante e depois de assumirem a responsabilidade por filhos e parentes idosos.

O estudo avaliou questões emocionais, como dificuldade de concentração, esgotamento e qualidade do sono, além de aspectos físicos, como dores crônicas, limitações de mobilidade e dificuldades nas tarefas diárias.

Declínio acentuado entre os cuidadores

Os resultados mostraram que os membros da geração sanduíche experimentam um declínio físico e mental mais acentuado do que seus pares, especialmente aqueles que dedicam mais de 20 horas semanais aos cuidados. Segundo a professora de epidemiologia Baowen Xue, autora principal da pesquisa, é essencial que esses cuidadores recebam suporte adequado para lidar com suas múltiplas funções.

“A sociedade precisa reconhecer o esforço desse grupo e oferecer soluções práticas, como horários de trabalho flexíveis e pausas para descanso”, afirmou Xue. Esse tipo de apoio é fundamental para mitigar os impactos negativos e preservar a saúde dos que sustentam tantas responsabilidades simultâneas.

Conflito entre Israel e Hamas deixa mais de 48 mil mortos em pouco mais de um ano; veja a cronologia

 A guerra entre Israel e Hamas começou após o grupo terrorista invadir território israelense em outubro de 2023. Após mais de um ano de combates e negociações, um cessar-fogo entrou em vigor neste domingo (19), oferecendo esperanças de encerramento definitivo do conflito.

Desde o início da guerra, mais de 48 mil pessoas perderam a vida, segundo a ONU, com cerca de 70% das vítimas sendo mulheres ou crianças. O levantamento oficial das mortes ainda está em andamento.

A sequência dos principais eventos

2023

• 7 de outubro: O Hamas invade o sul de Israel, matando 1.200 pessoas e capturando 251 reféns, incluindo israelenses e estrangeiros.
• 20 e 23 de outubro: O Hamas libera quatro reféns, incluindo idosos e cidadãos israelenses-americanos.
• 30 de outubro: O Exército de Israel resgata uma soldada sequestrada.
• 21 de novembro: Israel e Hamas acordam uma trégua temporária para trocas de reféns e entrada de ajuda humanitária. A guerra é retomada em 1º de dezembro.
• 15 de dezembro: Três reféns israelenses são mortos acidentalmente por forças israelenses em Gaza.

2024

• 12 de fevereiro: Forças israelenses libertam dois reféns em Rafah, Gaza.
• 8 de junho: Quatro reféns são resgatados durante uma operação em Nuseirat, Gaza.
• 31 de agosto: Seis corpos de reféns são encontrados em túneis do Hamas, causando protestos em Israel.
• 7 de outubro: O conflito completa um ano.
• 17 de outubro: Israel mata Yahya Sinwar, líder do Hamas.
• 21 de novembro: O Tribunal Penal Internacional emite mandados de prisão para Benjamin Netanyahu e outros membros do governo israelense.
• 2 de dezembro: Donald Trump, presidente eleito dos EUA, exige a libertação de reféns, aumentando a pressão internacional.

2025

• 8 de janeiro: O corpo de Youssef Ziyadne, sequestrado em 2023, é encontrado em um túnel de Gaza junto ao de seu filho.
• 15 de janeiro: Israel e Hamas anunciam um segundo acordo de cessar-fogo.
• 19 de janeiro: O cessar-fogo entra em vigor, após longas negociações mediadas por EUA e países árabes.

O acordo marca um momento crucial, oferecendo uma chance para o fim de um conflito devastador que deixou marcas profundas na região e no cenário internacional.

Posse de Trump terá embaixadora para representar o governo

 Uma comitiva de 21 deputados federais da oposição ao governo Lula acompanhará a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20). A representação oficial do Brasil no evento ficará a cargo da embaixadora em Washington, Maria Luiza Viotti.

Segundo os parlamentares oposicionistas, a viagem foi financiada com recursos próprios. Eles afirmam que estarão representando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está impossibilitado de viajar ao exterior devido à apreensão de seu passaporte pela Polícia Federal.

Entre os líderes mundiais convidados para a cerimônia estão Javier Milei, presidente da Argentina, e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.